quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Biogeografia das áreas secas da Australia

Apresentação / Discussão com o Dr Adam Stow - Macquarie University - Australia
Dia 16 de outubro, terça feira, 15hs - Auditorio do BADPI - INPA Campus 2

Dr Adam Stow

Senior Lecturer Biology, Macquarie University

 Research Interests

My research is directed towards three broad themes, conservation genetics, evolutionary processes and molecular ecology and most projects contain elements from each of these. During my career in biology I have focused my attention on animals, both vertebrate and invertebrate in both marine and terrestrial environments. I have found molecular markers to be invaluable tools and I apply their use to most of my questions. Interests in marine biology include genetic structuring and dispersal patterns in sharks, including grey nurse shark and gummy sharks along with work on the Australian Sealion. Research themes in the terrestrial environment include functional genomics and behavioural ecology, antimicrobial defense and the evolution of sociality and climate change and conservation in Australia’s arid regions. Terrestrial organisms studied include numerous species of reptile, a few mammals and birds and several invertebrate taxa including beetles, wasps, bees and thrips. Just about all of my work is collaborative; most of my regular research companions can be identified in my publication list.

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Biogeografia da Amazônia - Apresentação e discussão

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Dia 21 de setembro, Sexta Feira
15hs
Auditorio do BADPI (a confirmar)

MacArthur & Wilson na Amazônia?! Ensaios
ornitológicos em biogeografia de ilhas

Sérgio Henrique Borges
Fundação Vitória Amazônica

Animais e plantas que habitam ilhas ao redor do planeta sempre fascinaram filósofos, naturalistas e pesquisadores modernos. A influência das ilhas no pensamento biológico é claramente ilustrada pelos “insights” fundamentais que Darwin e Wallace tiveram a partir de suas experiências de campo nas ilhas de Galápagos e do arquipélago Malaio, respectivamente. A partir do modelo de equilíbrio dinâmico de MacArthur e Wilson, proposto no fim dos anos 1960, o estudo da biota das ilhas se consolidou como uma disciplina com explícita capacidade preditiva. Nas últimas décadas novas sínteses de estudos da biodiversidade em ilhas aperfeiçoaram o modelo de MacArthur e Wilson, mantendo a biogeografia de ilhas como uma disciplina dinâmica e estimulante. Mas o que a biogeografia de ilhas tem a contribuir com o estudo da biodiversidade na Amazônia, um bioma notório pela continuidade e grande extensão de área ocupada por seus ambientes? Vários ambientes que compõem o bioma amazônico se manifestam em forma de ilhas reais (p. ex. ilhas fluviais) ou de hábitats insulares (p. ex. campinas amazônicas). Atividades antropogênicas deram origem a hábitats insulares como fragmentos florestais e ilhas em lagos artificiais de hidrelétricas. Além disso, inundações da bacia amazônica mediadas por incursões marinhas ocorridas em vários momentos do período geológico, podem ter deixados marcas históricas na organização da biota atual (ilhas históricas). Nesta palestra são apresentados alguns resultados de estudos com aves em sistemas naturalmente ilhados na Amazônia: montanhas guianenses (tepuis) do norte da bacia, campinas de areia branca ao norte do rio Amazonas e ilhas fluviais do Rio Negro. As distribuições das aves nestes distintos sistemas apresentaram padrões às vezes concordantes, às vezes discordantes dos previstos pelos modelos clássicos de biogeografia de ilhas. Como conclusão preliminar eu acredito que modelos de biogeografia de ilhas podem ser úteis como marcos referenciais para se estudar a biodiversidade dos ambientes de natureza insular na Amazônia.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de Artigos

Próxima reunião:

Dia 8 de agosto - QUARTA FEIRA - 15hs
Auditório do BADPI / INPA 

Artigo:


SONG DIVERGENCE BY SENSORY DRIVE IN AMAZONIAN BIRDS 

Joseph A. Tobias,1 Job Aben,2 Robb T. Brumfield,3,4 Elizabeth P. Derryberry,3 Wouter Halfwerk,5 Hans Slabbekoorn,5 and Nathalie Seddon1,6


Evolution 64-10: 2820–2839





Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de Artigos

24 de Julho de 2012

Como a capacidade de dispersão das diferentes espécies de Furnarídeos afeta a taxa de diversificação? Maior capacidade de dispersão colabora para geração de diversidade ou restringe o processo de especiação?




terça-feira, 17 de julho de 2012

Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de artigos

10 de julho de 2012

Discussão de dois artigos sobre biogeografia de aves das florestas Neotropicais:

A palaeobiogeographic model for biotic
diversification within Amazonia over
the past three million years

Camila C. Ribas1,2,*, Alexandre Aleixo3, Afonso C. R. Nogueira4,
Cristina Y. Miyaki5 and Joel Cracraft2
Proc. R. Soc. B (2012) 279, 681–689



Climatic oscillations shape the phylogeographical
structure of Atlantic Forest fire-eye antbirds
(Aves: Thamnophilidae)

MARCOS MALDONADO-COELHO
Biological Journal of the Linnean Society, 2012, 105, 900–924




Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de artigo


Dia 26 de junho de 2012:

Sex and Sociality in a disconnected world: a review of the impacts of habitat fragmentation on animal social interactions

Banks, S. C.; Piggot, M. P.; Stow, A. J.; and Taylor, A. C. 2007. Can J. Zool. 85: 1065-1079.

Discutimos nas últimas semanas hipóteses de origem e manutenção da biota amazônica, chamando a ateção para a importância de adequar a escala temporal dos etudos em biogeografia, buscando associações entre a idade de diversificação de linhagens e a idade de eventos hipotetizados como promotores da diversificação estudada (e.g. formação de drenagens e interflúvios, cadeias de montanhas, refugios florestais). Discutimos o efeito dos grandes rios para especiação alopátrica através de vicariancia, e os possiveis efeitos das oscilações climaticas do Pleistoceno, particularmente do Ultimo Maximo Glacial, a 18 kya, na re-organização da distribuição geográfica de espécies amazônicas, mediada por frgamentação de ambientes florestais em um period mais frio e seco. Durante essas discussões, surgiram questões sobre a relevância de atributos da história natural de cada espécie, que poderiam afeta-las diferentemente em caso de alterações nos ambientes que ocupam, como por exemplo padrões de movimentação e capacidade de dispersão, especificidade de habitat, dieta, sistemas reprodutivos e comportamentos sociais. Assim, discutimos a seguir um artigo de revisão sobre as possiveis alterações geográficas e demográficas em populações e espécies decorrentes da fragmentação de habitats, mediadas por aspectos de suas histórias naturais e, em particular, de suas interações sociais. O artigo expõe que, apesar da extensa literature sobre os efeitos da fragmentação de habitats sobre a distribuição e abundância de espécies, estudos sobre os mecanismos que podem afetar esses padrões, como atributos da história de vida de organismos, ainda são raros. Os autores discutem que as interações sociais são aspectos da história de vida com importantes consequencias para o sucesso reprodutivo dos indivíduos, e que apresentam diferenças entre populções de acordo com variações geográficas e em dinâmicas populacionais. Com isso, eles indicam que a fragmentação florestal pode afetar as interações sociais e esses efeitos podem contribuir para a viabilidade de populações e padrões de distribuição e abundância de espécies em ampla escala geográfica. A revisão aborda alterações em fatores que afetam estrategias sociais, incluindo disponibilidade de recursos (qualidade do habitat e distribuição das manchas de recursos), interações inter-especificas (pradador-presa, parasitas-hopsedeiros) e sexo (disponibildiade de parceiros e risco de endocruzamento). Os estudos apresentados ilustram alterações em estrategias sociais que incluem mudanças na taxa de sobreposição de territórios, territorialidade, tamanho de grupo e sistema de acasalamento. As respostas são classificadas pelos autores como passivas, quando impostas por restrições da nova configuração da paisagem (e.g. aumento de trasnmissão de parasitas por contato devido ao amento do tamanho de grupo ou falta de pareamento reprodutivo), ou adaptativas, quando existe resposta social a nova configuração do ambiente (e.g. alternar entre monogamia e poligamia em resposta a mudanças nas razões sexuais, a s quais podem se alterar devido a dispersão diferencial entre sexos em paisagens fragmentadas). Os autores sugerem que estudos futuros poderão contribuir testando as consequencias dessas mudanças para o sucesso reprodutivo individual, o que ainda não esta claro. Discutimos na reunião que a natureza do estudo não permite generalizações sobre os efeitos de diferentes historicos de fragmentação, como por exemplo o efeito do tipo de matriz da paisagem fragmentada, ou mesmo sobre a variação em suscetibilidade de cada grupo taxonomico devido as suas caracteristicas intrinsecas.


domingo, 3 de junho de 2012

Biogeografia de Aves Amazônicas - Apresentação





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Próxima reunião: 12 de junho de 2012 às 15hs

Local: Auditório do BADPI, INPA, Manaus 

Apresentação - Marina Anciães: 

Distribuição e diversidade de piprídeos e paleoclimas: 

alternância entre os últimos períodos interglacial e glacial 

máximo

Mudancas climaticas durante o pleistoceno foram consideradas por Haffer como chave para a origem da diversidade da biota Neotropical, quando refugios florestais (areas isoladas com condicoes propicias para ocorrencia de especies florestais) concentraram a diversidade de animais e plantas em periodos frios e secos e teriam levado a formacao de novas especies por especiacao alopatrica. Enquanto esta hipotese seja considerada fraca para explicar padroes de especiacao de taxons Neotropicais, sobretudo devido a incongruencia temporal entre a idade de linhagens evolutivas conhecidas e tais mudancas climaticas, e ainda devido a duvidas quanto a existencia e localizacao de refugios, estudar padroes de alteracoes na distribuicao de diversidade de especies em cenarios climaticos previstos para o passados pode auxiliar a desvendar  1) se refugios seriam previstos  e 2) se a localizacao previstas para estes explicaria a distribuicao da diversidade atual. Independente do papel de alternancias climaticas passadas na origem da diversidade de especies (i.e. especiação), refugios florestais poderiam atuar em sinergia com fatores considerados importantes para tal (e.g. rios como barreiras, barreiras fisicas como montanhas e arcos geologicos, e a reorientacao da drenagem amazonica). Se não para a formacao de novas especies hoje reconhecidas, os refugios poderiam agir como filtros ambientais, posteriores a especiacao e, assim, determinarem a distribuicao da diversidade de especies. Ainda, estas areas podem ter atuado na origem de linhagens evolutivas ainda muito recentes para serem identificadas. Previsoes de distribuicao de cerca de 30 especies de  tangaras (Aves: Pipridae) para periodos climaticos passados, ultimo interglacial (LIG - 150.000 anos) e ultimo maximo glacial (LGM - 18.000 anos), feitas com modelos de nichos ecologicos, foram utilizados para avaliar estas possibilidades. Ainda que uma forte retracao de distribuicoes das especies tenha sido prevista para o LGM, concordante entre especies em regioes da borda da bacia amazonica, indicando que refugios pleistocenicos são plausiveis (dado já indicado por outros estudos similares com aves e plantas), tais locais já concentravam a diversidade de especies da familia durante o LIG. Alem disso, a expansao das distribuicoes observadas após o LGM (i.e. as distribuicoes atuais) resulta em um padrao de distribuicao de especies praticamente identico aquele previsto para o LIG, indicando que ainda que os refugios previstos sejam areas de estabilidade climatica (e com elevada diversidade relativa em qualquer periodo), a distribuicao da diversidade atual não pode ser explicada pela localizacao dos mesmos. Possivelmente, porem, a alternancia entre periodos interglaciais e glaciais mais antigos tenha atuado na manutencao do padrao observado atualmente, limitando a expansao de distribuicoes para alem da pevista segundo estes modelos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de Artigos

O próximo artigo a ser discutido será:

The Role of Physical Barriers in the Location of Avian Suture
Zones in the Guiana Shield, Northern Amazonia


Dia 29 de maio de 2012
15hs
Auditório do BADPI / INPA Campus 2 / Manaus-AM
(data, hora  e local serão confirmados em breve!)

Veja o resumo


Biogeografia de Aves Amazônicas - Discussão de Artigos

Phylogeography of the chestnut-tailed antbird (Myrmeciza hemimelaena) clarifies the role of rivers in Amazonian biogeography.

Voltamos e discutir artigos sobre biogeografia, agora com foco para Aves Amazônicas, mas sugestões de outros assuntos e artigos são bem vindas!

Dia 15 de maio de 2012 foi discutido o artigo acima, sobre diversificacão de uma espécie de Thamnophilideo Amazônico.

Veja o artigo

As próximas discussões serão divulgadas aqui no blog!